Archive for the 'Marketing' Category

07
mar
08

Como o Futebol Explica o Mundo

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logo.PNGAo iniciar a leitura do livro, pensei que se tratava de uma grande análise da enorme influência que o futebol exerce sobre todas as áreas da sociedade, no decorrer da leitura, esta expectativa se confirmou e acredito que teremos muito a descobrir com a história do futebol que se confunde com a história da sociedade, assim como a evolução sociológica da humanidade. Não sei ao certo se o futebol seria o reflexo da sociedade ou se este seria a causa/razão de certos aspectos sociais.

No capítulo inicial, quando Franklin Foer descreve as artimanhas das torcidas fanáticas que fazem do futebol um paraíso particular para exercer suas práticas gângsteres, me deparei com situações muito próximas das vividas aqui mesmo no Brasil na década de 90 (guardadas as devidas proporções), onde constantemente líamos notícias a respeito de violência entre torcidas organizadas, como por exemplo, o acontecimento intitulado de “Batalha Campal do Pacaembú” ocorrido em 20 de agosto de 1995 onde palmeirenses e são-paulinos se enfrentaram causando saldo de 110 feridos e a morte de um torcedor.

No decorrer da leitura, nos deparamos ainda com católicos e protestantes irlandeses se enfrentando na Escócia, desvirtuando por completo os princípios cristãos, ao qual estes times diziam ser representantes. Neste ponto, ficou muito clara que a intenção dos torcedores é apenas ter um motivo para realizar as suas práticas preferidas, sem ter o mínimo de critério, como provado pelo fato do time Rangers ser um representante protestante e tempos depois se tornar um representante católico. Podemos comparar este ponto com as “Cruzadas” que ocorreram entre os séculos XI e XIII, onde, fanáticos religiosos usavam a religião como motivo para alcançar suas vitórias políticas, através de guerras.

Finalmente, temos relatos da relação do futebol com o judaísmo o que nos demonstra que o esporte pode representar a potência de um povo, como é o caso de Cuba com grandes atletas que carregam não só a bandeira de seu país, como também a ideologia do comunismo. No caso dos judeus, a história foi abruptamente interrompida por Hitler.

Ao iniciar a leitura do quarto capítulo da obra de Franklin Foer, nos deparamos com uma outra face do hooliganismo, intitulando pelo autor de “sentimentalismo”. Acredito que esse seja a raiz do mal não só deste tipo de comportamento no futebol, mas também em outras esferas sociais, como por exemplo, guerras religiosas, o ceticismo e certos estudiosos, entre outros, que encaram sua fonte de atuação, com tamanha “paixão”, que acaba impedindo a compreensão do verdadeiro sentido que esta fonte se propõe, bem como os princípios das fontes contrárias a estes princípios.

Já no quinto capítulo do livro, nos deparamos com o relato da situação e história do futebol nacional, que apesar de seu considerável desempenho em campo, sofre com o que ocorre em sua administração, com a atuação de cartolas e da corrupção exacerbada que envolve enormes fontes de renda do país. A comparação da história do Pelé com a história que o Brasil atravessava é de bem pertinente, conforme demonstra os fatos narrados.

Sobre o racismo, que parecia ser um ato não praticado em um esporte tão popular futebol, percebemos que infelizmente ele é real. Ao lermos a saga de Edward (a grande promessa do futebol nigeriano), em sua temporada na Ucrânia, mas com fortes ambições de se tornar estrela do futebol ocidental, vemos que o racismo pode ser tão forte e presente até mesmo nos dias atuais. Neste capítulo do livro, podemos nos atentar ainda sobre as dificuldades e desafios que os jogadores enfrentam ao sair de seus países de origem, tendo que se adaptar com uma cultura completamente distinta da sua, novas maneiras de jogar o esporte, além das diferenças climáticas, que podem ser gritantes, como no caso da Nigéria e Ucrânia.

Na reta final da obra de Foer, nos deparamos com corajosos e impressionantes relatos sobre a  classe dominante do “negócio” futebol. Saindo das fronteiras brasileiras, vemos o mesmo poderio de oligarca; como denominado pelo próprio autor; atuando no futebol. Assim como no Brasil, o esporte se torna o brinquedo de poucos e o delírio de muitos, com tamanha força, capaz de seduzir até mesmo o autor, que ao participar de uma festa de comemoração de um título, se viu completamente encantado com o grande Milan. Na minha opinião, tudo estrategicamente preparado por Berlusconi & Cia.

Não muito distante, está o Barcelona, que simboliza a mais pura nacionalidade Catalã, através de um poder paralelo, capaz de muito em seus efeitos. Em disputa contra o Real Madrid, vemos o envolvimento da política espanhola, em favor do Real o que torna o clássico completamente alheio ao brilhantismo do esporte, por suas infindáveis corrupções nos mais diversos setores.

No nono capítulo, lemos a grande força do futebol até mesmo no Oriente Médio, levando mulheres desrespeitarem as rígidas Leis locais e unir-se aos homens em um único objetivo: ver sua nação jogando uma Copa do Mundo, além de saborear o ocidente pelas transmissões de jogos pela TV, onde é possível ter contato com anúncios ao redor do gramado de produtos ocidentais. Grande é o poder do futebol, capaz até mesmo de transcender a cultura de um povo.

No último capítulo, Foer relata seu contato com o Futebol, símbolo de um novo tempo nos Estados Unidos no passado, mas que ainda hoje enfrenta grande oposição de parte da população e também de outros esportes tipicamente americanos, como por exemplo o futebol americano,  o beisebol, o basquete e outros, que culmina no baixo desempenho da liga local e consequentemente da seleção americana.

Inexplicavelmente, o futebol explica o mundo. Um esporte coletivo e popular como este é capaz de coisas inacreditáveis.

Leitura indispensável para os amantes deste esporte nacional, e muito interessante para os profissionais envolvidos com esporte em qualquer nível. Apesar de ser um pouco maçante no início, a leitura vale a pena.

Abraços

14
dez
07

Tropa de Elite

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logo.PNGTropa de Elite é o filme nacional mais comentado dos últimos tempos. A história relata a realidade de um mundo caótico, onde não sabemos ao certo a diferença entre polícia e bandido, e nos deparamos com cidadãos cheios de conhecimento e oportunidades, cooperando com o poder paralelo, para logo em seguida, ser vítima deles.

Hoje, em todos os lugares que andamos, somos abordados por frases extraídas do filme, como por exemplo: – Pede pra sair!!

– Olha o saco!!

– Minha farda é preta, parceiro!!

– O sr. é um fanfarrão!!

Você é o novo xerife!!!

Entre outras 

O filme, apesar recheado de cenas violentas, é de boa qualidade e com história atraente, mas acredito que o fator que eleva sua popularidade, não é apenas isto, mas sim o grande número de cópias piratas que eram vendidas pelas ruas meses antes de sua estréia no cinema, sem contar as que já estavam disponíveis na internet, claro!

Não consigo compreender muito bem a logística da pirataria, mas existem fatos intrigantes em relação as versões piratas deste filme. Normalmente, um filme estréia no exterior, e logo alguém entra com uma câmera nas salas de cinemas, grava todo o filme e em seguida coloca o arquivo para circular na internet, e como uma verdadeira praga, em instantes milhares de pessoas tem acesso ao vídeo, que pode ser facilmente legendado, por programas gratuitos disponíveis na própria internet facilitando ainda mais sua proliferação. Até este ponto dá para entender, porque até então, nunca ouvi falar de um filme que tenha chegado a internet em versões piratas, antes de estrear nos cinemas. Agora o que será que aconteceu com o Tropa de Elite?

Se o filme é nacional e ainda não tinha estreado, como ele chegou primeiro nos camelôs e na rede? Será que os produtores do filme usaram uma estratégia de “marketing de emboscada” (Marketing de emboscada é uma estratégia que consiste em tirar proveito publicitário invadindo um evento ou espaço de um veículo de comunicação sem amparo contratual com os detentores do direito)? Mas eles seriam os mais prejudicados… Não dá para entender, não é mesmo?!

Em Jeremias 22:13 lemos a seguinte passagem: “Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito, que se serve do serviço do seu próximo sem remunerá-lo, e não lhe dá o salário do seu trabalho.” Aqui, lemos claramente uma advertência, para não utilizarmos da opressão do próximo para interesses pessoais. Isso inclui não apenas os ganhos financeiros, mas também todas as áreas de nossas vidas, desta forma, não só quem comercializou, mas também quem só assistiu a versão pirata do filme foi injusto com os donos dos direitos autorais do filme, que deixaram de ganhar o que era devido nas exibições do cinema.

Do versículo 20 ao 26, do capítulo 20 do evangelho de Lucas, lemos a seguinte passagem:

“E, observando-o, mandaram espias, que se fingissem justos, para o apanharem nalguma palavra, e o entregarem à jurisdição e poder do presidente. E perguntaram-lhe, dizendo: Mestre, nós sabemos que falas e ensinas bem e retamente, e que não consideras a aparência da pessoa, mas ensinas com verdade o caminho de Deus. É-nos lícito dar tributo a César ou não? E, entendendo ele a sua astúcia, disse-lhes: Por que me tentais? Mostrai-me uma moeda. De quem tem a imagem e a inscrição? E, respondendo eles, disseram: De César. Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e, maravilhados da sua resposta, calaram-se.”

Podemos contextualizar esta passagem com a situação apresentada neste texto, pois vemos claramente que todos esperavam uma postura correta de Jesus (que não podia ser diferente), e mesmo vivendo em uma situação de opressão, como o pagamento de imposto ao império romano, Jesus afirma que devemos obedecer as leis estabelecidas e entregar o que é solicitado. Esta atitude de Jesus maravilhou as pessoas que estavam com ele, pois representava um comportamento correto e livre de corrupção, desta forma, enquanto cristãos, devemos aprender com esta lição e entregar o que é de devido aos donos, independente de como e quanto for. A palavra de Deus diz que a nossa justiça deve exceder em muito a dos escribas e a dos fariseus. Jesus afirma que não veio para revogar a Lei, mas sim para cumpri-la.

Acredito que com o surgimento da mídia virtual, as políticas de direitos autorais devem ser completamente alteradas, pois hoje, não se tem mais controle da utilização das obras, principalmente quando os arquivos estão na internet. Música, é um bom exemplo deste tipo de ação. Milhares e milhares de músicas circulam em sites para download, sem o consentimento dos autores das canções. A principal desculpa dos usuários é o alto valor das obras originais, bem como a situação financeira dos autores das obras. Mas isto de forma alguma justifica tais ações, afinal se a situação fosse invertida, é certo que o discurso seria completamente diferente, e lembrando da passagem de Lucas, devemos entregar a César o que é dele.

Existe uma parte do filme que fica bem claro, que os usuários de drogas são parceiros dos traficantes e consequentemente co-autores de todos os crimes que ocorrem em função destas práticas ilegais. Desta forma, será que quem assiste e dissemina materiais piratas, não são parceiros deste crime?

Que o Senhor perdoe nossos pecados e nos ajude a afastar das nossas transgressões!

Abraços

07
dez
07

Transformando Suor em Ouro

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logo.PNGO livro conta a trajetória do ex-jogador e atual treinador da seleção brasileira masculina de vôlei, além de suas estratégias para alcançar um caminho de grandes vitórias, sem deixar de apresentar também as dificuldades, desacertos e derrotas, afinal não existe apenas vitórias e acertos na vida de uma pessoa, mesmo que ela tenha sucesso e notoriedade em seu meio, como é o caso do treinador Bernardinho.

Da sua carreira como levantador na década de 80, que segundo ele foi medíocre por não desempenhar bem a função que ocupava, até as grande seqüência de vitórias que conquistou nos últimos tempos, vemos um árduo trabalho e a mesma vontade de vencer, independente da função que ocupava.

Adquirindo toda a disciplina que o esporte exige, Bernardinho seguiu sua careira como jogador, aprendendo e aproveitando ao máximo das oportunidades que surgiam para ele, por exemplo, quando estava no banco de reservas, foi aprendendo com os seus treinadores tudo o que podia, o que o ajudaria mais tarde em sua segunda carreira; além disso, trouxe para o esporte e principalmente para a gestão das equipes que trabalhou como treinador, os conceitos e teorias estudados na faculdade de economia que cursou, enquanto se desdobrava entre os treinos e os estudos.

Acredito que conseguir transpor os conceitos e teorias da economia para a gestão das equipes que trabalhava, foi um dos passos fundamentais para alcançar a posição que ocupa hoje, e principalmente conseguir compartilhar com outros administradores e empresários, suas estratégias e até mesmo suas próprias teorias; como a roda a excelência, que mais tarde sofreria alterações e passaria a ter uma nova escala de valores; em suas palestras.

O trabalho em equipe, e principalmente saber alocar corretamente cada recurso disponível, compactuam para otimização de qualquer trabalho, em qualquer área. Em uma equipe esportiva e em uma carreira pessoal, não seria diferente. Desta forma, Bernardinho possui uma equipe que trabalha nos junto a ele desenvolvendo, mesurando e qualificando todas as informações necessárias para que ele tome as decisões necessárias, tanto em quadra, como em sua própria vida. Na verdade, esta equipe funciona como uma espécie de mola propulsora tanto para o grupo em que se está desenvolvendo este trabalho, como na carreira do treinador.

De qualquer forma, não podemos descartar a perseverança e a grande vontade de vencer e aprender que o “personagem” Bernardinho possui, o tornando um workholic de marca maior. 

A leitura é leve, agradável e envolvente por tratar de um assunto que de certa forma envolve todos nós brasileiros.

Abraços

23
nov
07

Um Fósforo, uma Bala de Menta, uma Xícara de Café e um Jornal

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logo.PNGUm fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal: estes quatro elementos fazem parte de uma das melhores histórias sobre atendimento que conhecemos.

Um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar. Em poucos minutos, avistou um letreiro luminoso com o nome: Hotel Venetia.

Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado com luz suave.

Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente: “-Bem-vindo ao Venetia!”

Três minutos após essa saudação, o hóspede já se encontrava confortavelmente instalado no seu quarto e impressionado com os procedimentos: tudo muito rápido e prático.

No quarto, uma discreta opulência; uma cama, impecavelmente limpa, uma lareira, um fósforo apropriado em posição perfeitamente alinhada sobre a lareira, para ser riscado. Era demais! Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite, começou a pensar que estava com sorte.

Mudou de roupa para o jantar (a moça da recepção fizera o pedido no momento do registro). A refeição foi tão deliciosa, como tudo o que tinha experimentado, naquele local, até então. Assinou a conta e retornou para quarto. Fazia frio e ele estava ansioso pelo fogo da lareira.

Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia se antecipado a ele, pois havia um lindo fogo crepitante na lareira. A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e uma bala de menta sobre cada um.. Que noite agradável aquela! Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar, vindo do banheiro. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira ligada por um timer automático, estava preparando o seu café e, junto um cartão que dizia: “Sua marca predileta de café. Bom apetite!” Era mesmo! Como eles podiam saber desse detalhe?

De repente, lembrou-se: no jantar perguntaram qual a sua marca preferida de café. Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abrir, havia um jornal. Mas, como pode?! É o meu jornal! Como eles adivinharam? Mais uma vez, lembrou-se de quando se registrou: a recepcionista Havia perguntado qual jornal ele preferia. O cliente deixou o hotel encantando. Feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor. Mas, o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal.

Nunca se falou tanto na relação empresa-cliente como nos dias de hoje. Milhões são gastos em planos mirabolantes de marketing e, no entanto, o cliente está cada vez mais insatisfeito, mais desconfiado.

Mudamos o layout das lojas, pintamos as prateleiras, trocamos as embalagens, mas esquecemos-nos das pessoas.

O valor das pequenas coisas conta, e muito. A valorização do relacionamento com o cliente. Fazer com que ele perceba que é um parceiro importante !!!

Lembrando que:

Esta mensagem vale também para nossas relações pessoais (trabalho, namoro, amizade, família, casamento) enfim pensar no outro como ser humano é sempre uma satisfação para quem doa e para quem recebe. Seremos muito mais felizes, pois a verdadeira felicidade está nos gestos mais simples de nosso dia-a-dia que na maioria das vezes passam desapercebidos.

Abraços




"Lembrem-se dos primeiros dias, depois que vocês foram iluminados..." Hebreus 10:32
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